Ao chegar no local, a guarnicão foi informada de que o pintor estava realizando seu trabalho quando sofreu a queda de aproximadamente cinco metros de altura e queixava-se de dor nas costas.

 O pintor encontrava-se em decubito ventral, consciente, orientado quanto a tempo, espaço e pessoa, confirmou que caiu de uma certa altura da escada e relatou sentir dor nas costas, sinalizando o local com a mão esquerda. Durante a avaliacão, notou-se que, ao palpar levemente o local informado, o paciente referia fortes dores, o que levou a suspeita de fratura em vertebras da coluna lombar, possivelmente L3-L4-L5. O paciente tambem relatou parestesia na perna esquerda e informou que não conseguia movimenta-la. Na perna direita, ele mencionou que sentia, mas movimentava com dificuldade.

Com base na confiabilidade dos fatos relatados pelo vitimado, pelas testemunhas e nos achados durante a avaliacao, iniciou-se o procedimento de imobilizacao da coluna cervical. O vitimado foi rolado em 180 graus sobre a prancha rigida, momento em que ele verbalizou aumento da dor local (coluna lombar). Posteriormente, a prancha rigida foi posicionada sobre a maca articulada e a remocao da prancha rigida foi realizada, pois a anatomia das costas de uma pessoa nao se adapta perfeitamente a uma prancha rigida, resultando em espacos vazios que podem proporcionar certo grau de movimentacao da coluna vertebral. Isso poderia causar pressao e/ou distracao entre as vertebras, pelo peso do proprio corpo ou durante o deslocamento da viatura (aceleração e frenagem).

Visando manter o grau de curvatura normal da coluna vertebral e minimizar a lesao e o efeito prejudicial de retificação da coluna em prancha rigida, a imobilizacao foi realizada diretamente sobre a maca articulada, com os cintos de segurança afivelados, suporte de cabeca e coxins na maca articulada. Segundo relato do paciente, essa medida causou um certo alivio em sua dor.

Dessa forma, o paciente foi conduzido para o Hospital Sao Vicente de Paulo.